Meu cais
Eu gosto da rua
o sujo me atrai
eu falo besteira
tantas bobagens
mas isso me faz
Espero uma fruta
espero uma prece
espero um amor
Eu só não quero paz
Pra viver sossegado não adianta
Eu gosto é do caos
Talvez a rua como laboratório
me seduz mais e mais
Eu gosto das praças
dos bêbados que os porcos humilham
da fantasia de uma briga pelo jogo
da prostituta que engana
que com a mão de madre me atordoa
da paciência de quem nos ouve
das palavras anciãs que acalentam-me
De todo este cais florescente
de toda esta vida remanescente
de uma vida que prospera
A vida... a minha vida está pautada neste meu céu
o qual encontrei-me com a felicidade
tal qual não existe paz
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